quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Refugiados norte-coreanos comentam a morte de Kim Jong-II

Como o resto do mundo, muitos refugiados norte-coreanos ficaram espantados ao saber da morte do ex-ditador Kim Jong Il. Poucos chorarão, mas é difícil imaginar que um homem que era adorado por seus cidadãos morreu. Para muitos cristãos refugiados, é doloroso ver a histeria em que o povo se encontrou com a morte do líder.
“Lembro-me de estar de pé para a sua estátua de pedra e não sentir nada”, disse um dos refugiados da Portas Abertas sobre o que sentiu quando Kim Sung-Il, pai de Kim Jong Il faleceu. “Tivemos que chorar pela morte dele senão seríamos punidos. Eu tive que me machucar para poder chorar. Eu ainda acho que as pessoas que estão chorando por Kim Jong Il estão fingindo”, disse ele.
Outro refugiado explicou como ouviu a notícia: “Alguém me chamou para ver o noticiário e vi que ele tinha morrido. Senti-me estranho. Eu sempre esperei por esse dia, pois pensava que ficaria feliz com a morte dele. Como cristão, eu devo amar os meus inimigos, mas eu sempre quis ver Kim Jong Il morto. Isso é um fardo pra mim.”
Após ver a notícia, ele recebeu algumas mensagens e telefonemas de outros refugiados. Um disse: “Em breve o país será unificado, oremos.”. Outro estava com medo de que uma guerra possa estar prestes a acontecer no país. E outro disse que desejava ver Jong Il morto como foi com o líder líbio Muammar Kadhafi.
“Estou feliz por não ter que chorar a morte dele”, continuou ele. “Alguns pode estar fingindo estar tristes, mas outros realmente ficaram tristes, pois tartavma Kim Jong Il era realmente um Deus, assim como eu acreditava.”
O refugiado continuou dizendo: “Ainda acredito na reunificação das Coreias. Deu não esqueceu as orações dos cristãos de dentro e de fora da Coreia. Um dia, a Coreia estará pronta para se unir novamente.”
Um terceiro refugiado disse: “Kim Jong Il realmente morreu? Eu não estou triste com isso. Como posso ficar triste com a morte de alguém que fez coisas horríveis comigo e com minha família. Estou preocupado com o futuro do país, pode é possível que exista uma grande disputa pelo poder.”
Fonte: Portas Abertas

sábado, 24 de dezembro de 2011

Minha vida para a dança

Montar o espetáculo de dança "Uma Vida para a Dança" foi uma experiência diferente, porque esse espetáculo fala de mim; da minha experiência com a dança; dos meus sentimentos com a dança; os motivos que me fazem dançar; e porque escolhi essa profissão tão prazerosa mas ao mesmo tempo tão difícil.

Em primeiro lugar a dança dá sentido ao meu corpo... dá sentido aos meus pés.. sentido a minhas mãos... sentido aos meus movimentos..
Lembro que quando criança parava o que estivesse fazendo quando ouvia o som do liquidificador na cozinha.. para dançar a música que aquele aparelho doméstico produzia. Outro som que dançava e cantarolava era o da minha mãe lavando o feijão... acredite.. esses sons ecoam nos meus ouvidos até hoje!

Cada palavra do enredo de Uma Vida para a Dança fala um pouquinho de mim..

Hoje, como bailarina e professora de dança faço questão de transmitir aos meus alunos aquilo que a dança traz ao meu coração. Ter uma técnica perfeita é realmente muito lindo.. mas se a alma do bailarino não for exposta através de sensações e sentimentos.. todo o sofrimento para adquirir uma técnica perfeita não faz sentido.

A dança não é somente minha profissao.. mas também meu talento e minha adoração ao Deus que me dá vida...

A dança é minha profissão e meu ministério..
A dança é meu trabalho e minha adoração..
A dança é minha arte e minha vida..

Deixo aqui um pequeno trecho de "Uma Vida para a Dança":

"Quando era criança eu tinha um sonho... nesse sonho eu voava... eu flutuava... eu girava... girava... e girava até ficar tonta e perder o controle dos movimentos. Eu amava fazer isso... via as folhas das árvores dançando com o vento e imitava... ouvia sons de aparelhos domésticos e sapateava como se fosse música aos ouvidos.
Na inocência da liberdade criava meus passos, na ausência das canções ouvia minha música. Falava pouco.. dançava muito. Hoje minha dança é minha voz... minha dança são meus sentimentos... danço o chorar e danço o sorrir... danço o abraçar e danço o me afastar... danço a procura... danço o encontro... danço o abandono... danço o ganhar... danço o perder... danço o amor... danço a raiva... danço a tranqüilidade e a irritação... danço a guerra... danço a paz... danço o silêncio... Danço na música que tocar... danço ao autor da vida, minha inspiração... danço a vida... danço ao som das batidas do meu coração.
(...)
Danço porque a vida me encanta, o ir e vir no espaço me deslumbram. A tristeza e o mal-humor me assustam... as pessoas me surpreendem.. os sorrisos me apaixonam.. os pequenos detalhes me gritam... o cheiro da terra molhada me fascina... o som do piano e violão me hipnotizam.. a beleza do céu me tira do chão... meu mundo não é cor-de-rosa também tem verde, amarelo, azul e por diversas vezes é apenas preto e branco. Mas o que conta não são as cores e sim como você enxerga, ouve, sente, fala, toca e dança cada uma delas."

Aryanne Soares