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Acho que do púlpito podemos emocionar platéias, conquistar admiradores ou inimigos, passar conceitos ou, na melhor das hipóteses, instigar algumas pessoas ao arrependimento. Mas não vejo como fazer discípulos do púlpito. Discípulos são feitos na caminhada, no barco de pesca, no sofá ou ao redor da mesa. Discípulos demandam relacionamento e sacrifício.
Podemos seguir esse caminho e continuar pensando que a doutrina boa produz a pessoa boa. Esse foi o erro dos fariseus. Talvez até “conquistemos o Brasil pra Jesus”. Teremos um país cheio de evangélicos, elegeremos até um presidente evangélico. Seremos como os Estados Unidos, o país mais evangélico do mundo. Talvez possamos até bombardear o México e matar todos os católicos que perseguem evangélicos em Chiapas e destruir a Colômbia caçando os militantes das FARC.
A Bíblia diz que há tempo de chorar e tempo de rir, tempo de prantear e tempo de dançar. Talvez já tenhamos rido muito e dançado bastante. Talvez seja tempo de pararmos para chorar um pouco. Chorar pelas pessoas e porque temos falhado em dar esperança real de transformação para elas. Creio que seja tempo dos 30 milhões saírem das suas igrejas e viverem Cristo no meio do povo. Creio que é hora de nos relacionarmos e amarmos radicalmente o outro, tempo de fazer discípulos que não só creiam, mas imitem Cristo.
By underground
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