quinta-feira, 16 de junho de 2011

Para todos os Bailarinos...

"Eu conheço uma menina de 15 anos que acaba de ganhar um par de sapatilhas de ponta novinhas de presente de aniversário.
Ela não pediu que lhe dessem um iPad. um iPhone, uma viagem para a Disney, ela queria, desesperadamente um par de sapatilhas de ponta novinhas em folha.
Era sapatilha ou nada.
Surpreso? Não fique.
Você também já deve ter feito alguma loucura parecida para ter ferramentas para a performance necessária para seu bom desempenho e ser amado pela galera.
Você sabe, eu sei, a minha filha sabe. todo mundo sabe: ao tentar ser tudo para todos você acaba sendo nada para ninguém.
(...)
Agora você está exposto, e tem que fazer alguma coisa para provar a todos que todos seu esforço e trabalho faz sentido.
É bom para quem te ama, porque faz as pessoas se emocionarem, mexerem com os seus neurônios do cérebro para - no mínimo refletirem seriamente sobre suas próprias crenças.
Se todos gostam de sua dança como se fosse água com açúcar, é porque você ainda não chegou em uma performance arrojada. Você não passa de uma bailarina commodity.
Se você tem uma vontade genuína de mexer com o status quo, se expor, e expor as coisas erradas que precisam de mudança, eu recomendo que você pratique no seu dia-a-da as seguintes idéias:

1. Você deve se importar mais do que as outras pessoas pensam que é boa;

2. Você deve se arriscar mais do que as outras pessoas que é seguro.

3. Você deve ser mais comprometido do que as outras pessoas pensam que é comprometida com a dança;

4. Você deve ser mais arrogante do que as outras pessoas pensam que é aceitável.  QUANDO O ASSUNTO É A DANÇA;

5. Você deve sonhar mais do que as pessoas pensam que é prático.

Se você está me odiando por dizer essas coisas, o(a) bailarino(a) sentado ao seu lado está amando.
Pergunte para ele, ou envie o texto para alguém que você conhece, a reação será completamente diferente da sua.
S você quer realmente mexer com as coisas, você precisa, como eu, incomodar as pessoas, fazê-las se emocionar. A dança que importa, o resto..."

(Matéria de Ivan Grandi extraída da revista Dança Brasil ano XX maio/2011 pag. 15)

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